DESIGN SPRINT: 8 MOTIVOS PARA USAR E 4 PARA NÃO USAR

O Design Sprint é um método de design utilizado para o teste de soluções. Ele prevê uma imersão de quatro a cinco dias, na qual uma equipe multidisciplinar deve criar um protótipo a ser testado pelo usuário no último dia do projeto.

Trata-se de método bastante “mão na massa”. Ele se propõe a mapear todos os aspectos de um desafio — que precisa ser claro e de certa forma limitado — para então prototipar uma solução a partir de um aprendizado prático.

O seu negócio tem alguma demanda nesse sentido e você não sabe se essa metodologia é a melhor forma de resolvê-la? Então acompanhe a leitura deste texto e confira 8 motivos para usar o Design Sprint e 4 situações em que ele não é tão recomendado assim.

8 MOTIVOS PARA USAR O DESIGN SPRINT

O Design Sprint é muito útil, especialmente por se tratar de uma metodologia que se propõe a resolver problemas em um curto espaço de tempo. Se você está em dúvida se deve aplicá-lo no seu negócio, confira a seguir 8 boas razões pelas quais ele merece uma chance.

1. Muitas cabeças pensam melhor que uma

O Design Sprint costuma envolver equipes mistas, em que as pessoas envolvidas têm habilidades distintas. Essa diversidade traz novas possibilidades e ainda facilita a integração entre os seus colaboradores.

Imagine que você tem um problema relacionado ao atendimento do seu negócio. Por que não envolver alguém do financeiro com o time de marketing e de vendas na busca por uma solução?

2. Desafio bem definido

O desafio delimita o propósito de um Sprint. É em torno dele que todas as atividades são conduzidas. Assim, é preciso que ele já esteja bem definido antes do pontapé inicial. Afinal, é preciso ter consciência sobre o que é possível resolver em cinco dias, certo?

O formato mais comum para um desafio é o “Como podemos…?”. Quanto mais específica for a pergunta, melhor. A gente exemplifica: uma startup de meios de pagamento precisava melhorar a experiência de seus franqueados (“Como podemos melhorar a experiência dos nossos franqueados para que os resultados de engajamento e conversão sejam mais eficazes?”).

3. Restrição de tempo

Pode parecer contraditório, mas a restrição de tempo é algo vantajoso. A procrastinação faz parte do ser humano e fica ainda mais comum quando podemos ir de aba em aba ou de aplicativo em aplicativo em questão de segundos.

Assim, com pouco tempo disponível — e a presença do facilitador, que é um guardião do tempo — as pessoas focam no que realmente importa. Essa é uma forma de evitar a dispersão e seguir as tarefas com atenção plena.

4. Atenção total do time

Falando em atenção, todas as pessoas envolvidas pessoas precisam estar completamente dedicadas ao desafio. Idealmente, não entram computadores ou celulares e ninguém está autorizado a escapar para outros compromissos.

A regra da dedicação exclusiva deve valer para todos, inclusive para o líder. Obrigatoriamente, um dos participantes deve ser alguém responsável pela decisão sobre a aplicação da solução encontrada ao fim do Sprint. Essa pessoa precisa fazer parte de todo o processo, ao invés de receber um pitch ao final dele.

5. Abordagem prática

O foco do Design Sprint é colocar a mão na massa, seja por meio de exercícios individuais ou coletivos. Os momentos de discussão e conversa são restritos e seguem regras específicas no que diz respeito à duração e à direção do papo.

Em resumo, fazer é muito mais importante do que falar sobre o que vai ser feito. Isso também influencia a mentalidade do grupo, que fica menos dispersa e muito mais focada na obtenção da solução.

6. Redução de riscos

O principal objetivo do Design Sprint é resolver um desafio. Agora, o que garante que a solução encontrada realmente vai solucionar o problema apresentado? A abordagem não tem como garantir isso na sua totalidade, mas ela certamente reduz os riscos de que isso aconteça.

Dois fatores contribuem para isso: o primeiro deles é que os colaboradores aprendem com a solução antes de colocá-la em prática; o segundo é o envolvimento dos usuários.

7. Envolvimento do usuário

A participação do cliente final é decisiva em um processo de Design Sprint. Não à toa, o último dia deve ser todo dedicado ao usuário. Sem dúvidas, é ele quem dá a palavra final.

Os testes devem ser feitos com usuários reais — geralmente 5 pessoas — que devem responder se a solução encontrada resolve ou não o desafio proposto. Além de testar e trazer feedbacks antes de o novo produto ou serviço ir de fato para a rua, essa abordagem reduz bastante aquelas construções pensadas a partir de achismos.

8. O time sai inspirado

Por fim, é importante reforçar que o Design Sprint pode ir além de achar a solução para um desafio. O nível de dedicação que ele exige faz com que os colaboradores saiam mais motivados e inspirados ao fim da semana — afinal, eles foram capazes de resolver um problema com rapidez, foco e eficácia!

Por não se tratar de uma prática comum à maioria das empresas, a saída da rotina também pode ser interessante, além de facilitar o engajamento entre os colaboradores. É uma semana cansativa, mas revigorante: a troca é contínua, os aprendizados são múltiplos e os participantes costumam lidar muito melhor com outros problemas depois dessa experiência.

E QUAIS SÃO AS 4 SITUAÇÕES EM QUE O DESIGN SPRINT NÃO É A MELHOR OPÇÃO?

O Design Sprint acontece ao longo de uma única semana, o que pode parecer pouco. Porém, ele exige um alto nível de dedicação dos participantes. Por conta disso, em alguns casos outras abordagens podem ser mais interessantes. Saiba mais a seguir.

1. Quando o desafio é muito amplo

Se você quer resolver todos os problemas da humanidade — ou diferentes dificuldades da sua empresa — talvez um único Design Sprint não dê conta dessa missão. Nesse caso, é possível dividir esse desafio mais amplo em vários Sprints ou, ainda, aplicar Design Thinking como um primeiro passo para mapear esses desafios e criar uma visão sistêmica.

2. Quando não existem informações suficientes

Se o seu desafio é melhorar os processos da sua empresa, o primeiro dia de Sprint é destinado ao mapeamento do fluxo atual. Agora, se por algum motivo você nem ao menos conhece esse processo na sua totalidade e não tem informações suficientes para levar a metodologia até o fim, talvez o melhor caminho seja aplicar o Design Research antes de mais nada.

3. Quando a solução é muito óbvia

O Design Sprint pode ser utilizado para validar uma hipótese. Porém, não precisa ser utilizado quando o seu desafio tiver uma resposta muito óbvia. Se a equipe acredita que é preciso adicionar um novo botão em um aplicativo, pode ser mais interessante (e econômico) apenas adicioná-lo e solicitar feedback dos usuários.

4. Quando o decisor não comprou a ideia

Mais do que estar presente durante os cinco dias do Design Sprint, é preciso que o decisor realmente tenha comprado a ideia da metodologia, esteja aberto ao teste e se sinta confortável em deixar a palavra final com o usuário. Caso contrário, pode ser bastante frustrante à equipe ver toda a sua dedicação ir por água abaixo.

Como vimos, o Design Sprint pode trazer diferentes vantagens ao seu negócio. Muito mais do que solucionar um problema, a metodologia também estimula seu time e permite uma aproximação com os usuários. Para isso, é preciso que seus colaboradores realmente embarquem nessa ideia e estejam prontos para o trabalho em equipe.

Acha que o seu time está pronto para isso? Então entre em contato com a gente e solicite uma proposta agora mesmo.